sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sonho de Poeta

Sonho de Poeta
Rio de Janeiro, 04/10/1996
Ao ler suas palavras
meu coração treme
como um galho seco
de uma árvore no outono
e as folhas que caem
com o vento são prova
de que espero o verão para poder,
lhe mostrar meu esplendor,
e a primavera para lhe dar meus frutos.

Como um barco em meio a tempestade,
encontrei você
que é a ilha mais linda de todos os sete mares.
Suas praias são virgens e belas
como seu rosto ao luar, e
a cada dia fico mais apaixonado por não vê-la
e desesperado por tê-la e
não poder tocá-la.
Suas palavras são doce e leves
mas sabes ser dura quando é necessário
Suas broncas são gostosas de ler,
pois sei que estás pensando em mim
e neste momento estou pensando em ti.
No acontecimento estamos juntos, tão
próximos que não há nada que nos separe,
porém estamos usando capuzes e
nunca conseguimos ver nossos rostos.

Quando isto acontecer
os céus serão abalados
e os deuses saberão
que amor maior nunca foi visto
e que a fúria da inquietude irá se juntar
a vontade de querer retomar o tempo perdido.
Serei teu eterno poeta e tu
serás minha eterna musa.

Sou teu e só teu...
Ainda não és minha...

Daniel Braga

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Apenas quando?

Apenas quando?
Rio de Janeiro, 14/02/2011

Quando os sonhos
devem atropelar
quem amamos?

Quando os desejos
devem calcinar
quem adoramos?

Quando as falhas
devem desculpar
o que fazemos?

Quando as decisões
devem massacrar
o que sentimos?

Quando as rosas
devem mostrar
seu perfume?

Apenas quando?

Daniel Braga

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Músicas eternas

Músicas eternas

Rio de Janeiro, 23/02/2011

Boas músicas.
Eternos acordes.

Sensações únicas
a cada toque
no piano.

Melodia envolvente
que nos faz
sonhar.

Mágicos músicos
que nos fazem
viajar.

Boas músicas.

Eternos acordes.

Daniel Braga

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um comum dia atípico

Um comum dia atípico
Rio de Janeiro, 14/02/2011

A muito tempo
não escrevia tanto
num só dia.

Hoje vejo
o quão importante é
poder falar
mesmo que para tal
o verbo seja
escrever.

Azeitar a mente
com o viscoso
sentir da alma
para evitar então
ouvir o rangido
das memórias.

Escolha sua maneira.
Pena, boca, pincel.
Pouco importa ao final,
pois a obra será
senão bela,
muito verdadeira.

A muito tempo
não escrevia tanto
num só dia.

Daniel Braga

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Amargos sabores

Amargos sabores
Rio de Janeiro, 14/02/2011

O melhor da maturidade
é poder degustar
o amargor da vida
e simplesmente gostar.

É como a cerveja
que servida gelada
entorpece os sentidos
e nos alivia
do próximo copo.
Em outros momentos
é como o bom vinho
que precisa ser
apreciado
para mostrar
estranhos sabores.
Ambos os gostos
nos ensinam que a vida
mesmo sendo amarga
precisa ser
ao menos provada
para não olharmos
ao fim de tudo
e nos vermos
bebendo apenas água,
tão insípida
como na tenra idade
onde ousávamos
e sonhávamos
provar de tudo.

O melhor da maturidade
é pode degustar
o amargor da vida
e simplesmente gostar.

Daniel Braga

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O grilo verde

O grilo verde

Rio de Janeiro, 14/02/2011

O grilo verde
era minha única companhia
parado no vidro do carro
sua vida encontrou a minha.

Sem saber quem era
ele confiou em mim.
Mesmo quando parei
ele ali ficou enfim.

Vidas e encontros
Momentos eternos do tempo.
Destino insólito
que me fez amigo de um grilo verde.

Daniel Braga

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Para sempre juntos

Para minha filha Luiza, com amor.

Para sempre juntos
Rio de Janeiro, 14/02/2011

Você está em minha mente
e a cada dia aprendo
uma forma nova de lhe amar.

Não só filha
és amiga
e companheira sem igual.

Teu sorriso
é o sol de minha vida.
Sem ele nada sou.

Nunca pensei
amar alguém assim,
amar alguém tanto assim!

Mas vamos seguindo juntos,
dançando e cantando,
rindo e chorando.

Somos mais juntos.
Fórmula perfeita.
Amizade eterna.

Você está em minha mente
e a cada dia aprendo
uma forma nova de lhe amar.

Daniel Braga

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Momento

Momento
Rio de Janeiro, 26/08/1996

Não quero ser mais
Não quero ter muito mais
Não quero chorar em vão
Só quero ser a vítima de meus erros.
Só quero ser alguém de alguém
Sem ter que mostrar o que não sou.
Só quero viver em paz,
Dentro do redemoinho de minha vida.

Daniel Braga

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A palavra

A palavra

Rio de Janeiro, 07/02/2011

O que é a palavra
julgo não saber.

Ela pode ser sentida.
Ela pode ferir.
Ela conforta.
Ela desafia.

Ela pode mudar.
Ela pode parar.
Ela é forte.
Ela é silêncio.

Rezo pelas boas,
sempre,
pois ainda não sei
o que é a palavra
e talvez nunca saberei.

Daniel Braga

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Para você

Para você
Rio de Janeiro, 20/09/1990

Para você,
            as melhores coisas.
Para você,
            os mais belos momentos.
Para você,
            meu amor eterno.
Para você,
            minha amizade.
Para você,
            meus ombros.
Para você,
            minha maior análise.

            E para mim,

                        apenas um beijo.

Daniel Braga

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Lágrimas de desculpas

Para minha filha Luiza, com o maior amor que jamais terei no mundo por mais ninguém!

Lágrimas de desculpas

Rio de Janeiro, 07/02/2011

A vida, como sempre foi,
e seus estranhos caminhos
me mostram apenas
que minhas atitudes
devem ser sempre
pensadas, refletidas.

Em alguns momentos
a rigidez do verbo
pode ser a saída
para um ensinamento
mais duro.

Só não devo nunca deixar
que faltem
as palavras doces
e carinhosas
para que logo após
as mais ríspidas
nos darmos as mãos
e façamos as pazes.

Para mim
você é tudo, sempre,
e quero ser
um bom capítulo
de tua vida.

Aprenderemos juntos
a rimar
as palavras doces
com as duras
e seremos sempre
amigos.

Daniel Braga

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sentimento I

Sentimento I
Rio de Janeiro, 23/09/1989

Chamem-me como quiser
mas, quando se sofre por
amor,
aquele amor real,
aquele amor incompreendido,
prova-se que
o sentimento existe
e chega a ser até gostoso
            (porém doloroso)
senti-lo.

Chores,
desabafe,
só lhe faço
um pedido:
se ainda houver chance
lute.
Se não,
não sofras mais.

Daniel Braga