sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Jardim de estátuas

Jardim de estátuas
Rio de Janeiro, 03/11/2011



Não achei referência ao fotógrafo.

Meu peito pesa.
Fardo estranho,
já conhecido de outrora
mas exagerado
não sei porque.

Calado eu fico
e nem o sorriso
quebra este torpor,
paralisia da vida,
petrificação da alma.

Me vejo novamente
como uma estátua,
dantesca figura,
grotesca obra,
infortunada criatura.

Adentrei o jardim da górgona
e me vi escultura.
O medo congela meus passos
mesmo sabendo que ainda
não encontrei a Medusa.

Preciso andar.
Sempre continuar.
Preciso ser Perseu
e enfrentar.
Jogar fora meu coração.

Daniel Braga

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