sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Trapo

Trapo
Rio de Janeiro, 30/11/2012

Não achei referência ao fotórgrafo.


Trapo de pano,
pano velho,
velho de muito
muito ser usado,
usado tanto,
tanto quanto o tempo
tempo que é macio,
macio como o pano
pano que envelhece,
envelhece e vira trapo.

Daniel Braga

Prece de um homem cansado

Prece de um homem cansado
Rio, 02/03/2012


Não achei referência ao fotógrafo.

Ter a humildade de admitir
que nada sei
e que me esforço
em tentar entender
o caminho que foi escolhido.

O medo do tempo
ilusório e desesperado
pois este relógio não vejo
e mesmo assim
o sinto tão forte.

Quem saberá ao final
se os passos valeram
e hoje percebo
que pouco importa
pois eles são meus.

Hoje percebo que preciso
como o animal no inverno,
sobreviver a intempérie
na esperança de mais um dia
ver o sol nascer...

Daniel Braga

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

As lembranças são como fotos

As lembranças são como fotos
Rio de Janeiro, 07/11/2012



Foto retirada deste site. Não achei referência ao fotógrafo.

As lembranças por vezes nos traem
ilusões são criadas
de um tempo que não volta mais.
Cenas mofadas de um livro roto
que traz na capa nosso nome.

Só fotos existem ali.
Algumas coloridas, recentes.
Muitas velhas e amareladas.
As mais antigas já embaçadas.

São silenciosas as imagens falando apenas
o que queremos ouvir e entender
sem nos revelar os detalhes.

As lembranças são como fotos
e não escrevemos atrás
o que aquilo significava...

Daniel Braga

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Momentos

Momentos
Rio de Janeiro, 06/11/2012

Não achei referência ao fotógrafo.


Os momentos são únicos,
o tempo lhes dá o privilégio,
e aos vários momentos
chamamos de época
a qual se eterniza
em lembranças e saudades.

Os momentos são únicos,
as épocas são eternas
e o tempo é finito.

Daniel Braga

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Loucura é amar

Loucura é amar
Rio de Janeiro, 03/02/2012




The Final Cut” - Michael Maier
 O amor nos ludibria,
engana a mente,
aprisiona a vontade
onde a solidão
sem esperar nem imaginar
é ferida mortalmente.

Veneno doce
que nos toma a boca
e aos poucos
o corpo inteiro
deixando a alma
entorpecida e sem ação.

Alucinógeno maldito
que da alma
tira a tranquilidade
e nos mostra ao final
que a única verdade
é que estamos completamente errados.

Por isto precisamos
sempre nos apaixonar
para descobrirmos
que não sabemos tudo
principalmente o que advém
do perigo de amar.

Daniel Braga