sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Deserto de mim

Deserto de mim
Rio de Janeiro, 28/09/2011

Não achei referência ao fotógrafo.
Acordei seco
de sentimento.
Folha morta, graveto.
Secura de emoção.

Terra batida.
Arrasada.
Rachaduras da vida.
Erosão.

Hoje nada brota
deste deserto
nem mesmo espinho
nesta vastidão.

Sol que castiga
sem dó nem perdão.
Deserto da vida.
Secura do coração.

Semente teimosa
pode tentar brotar
mas antes disto
precisará esperar.

Pois água não se vê
e a muito então
nem nuvem pelo céu.
Que lindo azulão.

Beleza do deserto.
Memórias que se vão.
Poeira e vento
passeiam pela solidão.

Acordei seco
de sentimento.
Folha morta, graveto.
Secura de emoção.

Daniel Braga

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