Rio de Janeiro, 03/11/2011
Não achei referência ao fotógrafo. |
Meu peito pesa.
Fardo estranho,
já conhecido de outrora
mas exagerado
não sei porque.
Calado eu fico
e nem o sorriso
quebra este torpor,
paralisia da vida,
petrificação da alma.
Me vejo novamente
como uma estátua,
dantesca figura,
grotesca obra,
infortunada criatura.
Adentrei o jardim da górgona
e me vi escultura.
O medo congela meus passos
mesmo sabendo que ainda
não encontrei a Medusa.
Preciso andar.
Sempre continuar.
Preciso ser Perseu
e enfrentar.
Jogar fora meu coração.
Daniel Braga
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