terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Vôo cego

Vôo cego
Rio de Janeiro, 15/01/1998

As asas se abriram
e mais uma vez
alçou vôo.
A chuva era forte
e castigava
seus olhos.
Quando deu por conta
estava perdido,
voando por céus
fechados e estranhos.
Mas ele tinha
a pequena pedra,
e lembrou,
da mulher que
lhe deu o presente.
Sem medo ele seguiu
e de lá voltou.
Agora o gárgula conhece
as áridas terras perdidas
de onde nem o amor
conseguiu voltar.

Daniel Braga

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